A exploração neuropsicológica é utilizada para investigar danos cognitivos associados à lesão cerebral, avaliar o grau de comprometimento, bem como direcionar o plano terapêutico na reabilitação. Para tal, são utilizadas ferramentas quantitativas e qualitativas para avaliar o desempenho do indivíduo em determinadas habilidades. Neste contexto, este trabalho objetiva relatar um caso de exploração neuropsicológica de um homem idoso, 65 anos, que realizou uma avaliação neuropsicológica. Na anamnese, identificou-se fatores de risco, medicamentos em uso, humor, conduta e funcionalidade do indivíduo. Nos fatores de risco o paciente alegou apresentar: hipercolesterolemia, hipertensão arterial, hiperuricemia e diabetes; trombose na panturrilha; câncer no rim; artrose no quadril; e nódulos nos pulmões. O paciente negou: Chikungunya; tabagismo, etilismo e consumo de outras drogas; alterações do sono e da alimentação; alterações de humor; acidente vascular encefálico ou trauma cranioencefálico. Ele fazia polifarmácia, com uso de: furosemida, clopidogrel, insulina glargina, insulina asparte, ferropolimaltose, vitamina D, rosuvastatina cálcica, tansulosina, polivitamínico e alopurinol. Durante a anamnese, relatou a própria história com uma postura colaborativa, respondendo prontamente ao que lhe era solicitado; não apresentava agnosias, apraxias ou afasias, e tinha relativa preservação cognitiva e funcional na realização das atividades da vida diária. O paciente realizou vários testes, com resultados dentro da normalidade: MEEM, MoCA, teste do relógio, teste de Hopkins, fluência fonológica, WAIS-III, teste da figura complexa de Rey e de Rey-Osterrieth, trail making, teste da nomeação de Boston, teste de Stroop, blocos de Corsi, Token test, test D2, FAQ, DAD e escala de depressão geriátrica. O paciente também realizou o teste DRS-2 e apresentou resultados alterados nos subtestes de atenção e iniciativa e perseveração. Como considerações finais, temos que o perfil clínico e neuropsicológico foi compatível com transtorno neurocognitivo menor do tipo disexecutivo. Os encaminhamentos tomados foram acompanhar a progressividade do quadro neurocognitivo a cada ano.