INTRODUÇÃO: A febre Chikungunya é uma doença pertencente ao grupo das arboviroses e transmitida pela inoculação do vírus (CHIKV) mediante a picada do mosquito da espécie Aedes (Ae. Aegypti e Ae. Albopictus). O primeiro caso de infecção no Brasil foi em 2014, apresentando um aumento significativo da prevalência entre os anos 2016 e 2017 na região nordeste. Essa patologia apresenta três fases: a aguda (aproximadamente de 4 a 10 dias) onde o paciente apresenta febre alta, fadiga, edema, náuseas, vômitos, cefaleia, dor nas costas e principalmente a poliartralgia; a fase subaguda (até três meses de sintomas) e a fase crônica com persistência das queixas por mais de três meses. OBJETIVO: Analisar as características da cronicidade dos sintomas nos indivíduos afetados pela Febre Chikungunya, suas complicações e possíveis tratamentos. MÉTODO: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica utilizando “Febre Chikungunya”, “Artralgia” e “Terapêutica” como descritores em seis artigos nas principais revistas científicas do banco de dados SciELO no período de 2019 a 2021. RESULTADO: Verificou-se que a prevalência da fase crônica pode ocorrer em até 87,2% dos casos e está relacionada principalmente a agravos como poliartralgia, alopecia, edemas, distúrbios do sono e visuais, alterações de humor, presença de sintomas depressivos, além de dificuldades de concentração e memória. Quanto à terapia, embora não haja conclusões definitivas, sugere-se a administração de metotrexato ou uso de anti-inflamatórios não esteroidais, além de analgésicos para o tratamento das dores musculoesqueléticas, considerando a dificuldade de retirada gradual dos corticosteroides. CONCLUSÃO: A fase crônica está associada à incapacidade física e piora da qualidade de vida pós-infecção, podendo estar relacionada à manutenção ou aumento das queixas álgicas, onde o fator tempo de infecção tem relação direta com o aumento dos sintomas de dor e perda da capacidade funcional.