O crescente envelhecimento da população brasileira tem resultado no aumento significativo de doenças crônicas e degenerativas, incluindo demências como a Doença de Alzheimer (DA). Nesse contexto demográfico e de saúde, os Cuidados Paliativos (CP) emergem como uma resposta fundamental para enfrentar os desafios complexos impostos por essas condições, oferecendo suporte não apenas aos pacientes, mas também aos familiares, e garantindo uma melhor qualidade de vida durante o processo de adoecimento. Ao longo da última década do século XX, os CP foram gradualmente inseridos ao cenário de saúde brasileiro. De forma concomitante, doenças neurodegenerativas, avançam de maneira gradual, afetando a cognição, funcionalidade e comportamento dos indivíduos. Logo, nos estágios avançados, nos quais os pacientes requerem cuidados abrangentes, os Cuidados Paliativos emergem como uma ferramenta essencial para atenuar o sofrimento e assegurar uma melhor qualidade de vida. Essa abordagem é concretizada por meio da colaboração de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, que trabalha de maneira coordenada para atender às necessidades físicas, emocionais e espirituais dos pacientes. O estudo refere-se ao uma revisão da literatura sobre CP na DA, selecionando artigos e livros que destacam práticas humanizadas, respeitosas e dignas, atendendo às necessidades do paciente e da família, observando-se a importância da equipe multidisciplinar. Assim sendo, a intersecção entre cuidados paliativos e doenças neurodegenerativas em idosos visa, primordialmente, mitigar o sofrimento e aprimorar a qualidade de vida, desempenhando papel fundamental na abordagem das complexidades das demências, ao promover abordagens humanizadas e integrativas. Nesse contexto, a convergência desses elementos ressalta a urgência de incorporar o cuidado paliativo multidisciplinar no cerne do tratamento das doenças neurodegenerativas, como a DA, configurando-se como um guia compassivo que almeja prover conforto e bem-estar tanto aos pacientes quanto às suas famílias, especialmente nos estágios avançados dessas enfermidades.