A suplementação de probióticos visando diminuir a disbiose intestinal pode contribuir para a prevenção e os tratamentos de condições associadas ao envelhecimento. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo por 12 semanas de probióticos nas características clínicas e antropométricas, força de preensão manual e capacidade cognitiva em idosos institucionalizados. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo longitudinal randomizado triplo-cego. Foram incluídos 20 participantes de ambos os sexos residentes de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos particular na cidade de São Paulo. Os participantes foram aleatoriamente distribuídos em grupo controle (placebo), e grupo experimental que foi suplementado com probióticos comerciais contendo Bifidobacterium lactis e Lactobacillus acidophillus por 12 semanas. Dois participantes do grupo controle foram excluídos em função da necessidade de internação hospitalar. Todos os participantes foram avaliados em dois momentos, pré e pós suplementação. Foi aplicado um questionário sociodemográfico, características clínicas, medidas antropométrica, força de preensão manual (dinamômetro de mão Jamar®) e capacidade cognitiva pelo questionário Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e Montreal Cognitive Assessment- Basic (MoCA-B). Para avaliar os efeitos da suplementação de probióticos foi calculado o delta variação de cada variável (pós-pré), apresentado por mediana e realizado o teste comparativo. Resultados: Os dados da caracterização da amostra, demonstraram que os grupos foram homogêneos entre si. Não houve diferença referente às características clínicas, medidas antropométricas, força de preensão manual (p=0,40) e na capacidade cognitiva pelo MEEM (p=0,73) e MoCA-B (p=0,89) entre os grupos placebo e experimental. Conclusão: O estudo apresentou algumas limitações metodológicas importantes como o tamanho amostral e possível viés na avaliação na coleta de dados. A suplementação de probióticos não demonstrou influenciar nos parâmetros avaliados. Entretanto, estes achados devem ser melhor investigados com estudos que corrijam estas limitações descritas, para que os dados possam ser extrapolados para a população idosa institucionalizada.