A doença de Parkinson (DP) caracteriza-se como uma patologia neurodegenerativa, na qual há redução dos neurônios dopaminérgicos. Nesse sentido, observa-se que indivíduos diagnosticados com esta enfermidade podem apresentar alterações olfativas, como a hiposmia, previamente aos sintomas motores. Assim, objetivou-se analisar os achados científicos acerca da associação entre a Doença de Parkinson e a presença de distúrbios no sistema olfatório. Realizou-se um estudo bibliométrico, ou seja, a aplicação de parâmetros quantitativos e qualitativos na análise de obras literárias, com o fito de sintetizar e agrupar os resultados da pesquisa sobre o tema, a partir da busca eletrônica na Publisher Medline. Para busca dos artigos, utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde "Olfaction Disorders”, "Parkinson Disease" e "Diagnosis", unidos pelo descritor booleano AND. Ademais, empregou-se o método de análise lexical através do software IRAMUTEQ para criar a imagem gráfica, caracterizada como “nuvem de palavras”. Inicialmente, foram pré-selecionados 297 artigos, sendo a amostra final composta por 14 publicações dos últimos 5 anos. Observou-se que em 2017 houve a maior quantidade de publicações sobre a temática, prevalecendo o idioma em inglês. Quanto à frequência das palavras-chaves, há maior repetição dos termos: Doença de Parkinson, hiposmia e teste. A partir da análise dos artigos selecionados, ficou evidente que os distúrbios olfativos recorrentemente precedem os sintomas motores cardinais da DP, fato que surge como um poderoso instrumento para o diagnóstico precoce da patologia em questão. Contudo a aplicação dos testes de olfato visando a tal fim, ainda é pouco difundido nos centros médicos, além de os mecanismos neurobiológicos dessa associação permanecerem diminutamente esclarecidos. Portanto, é necessário que haja o interesse cada vez maior da comunidade científica sobre o tema em questão, a fim de criar mecanismos para tratamento adequado a neurodegeneração na Doença de Parkinson, por meio do diagnóstico precoce.