As quedas de idosos nos hospitais podem acarretar traumas físicos, psicológicos, perda de independência e até mesmo a morte. Observa-se então necessidade de compreensão aos fatores que estão relacionados a esses riscos. O objetivo do presente estudo foi analisar a associação entre a ocorrência de quedas em idosos internados em um hospital universitário, e a presença de alterações motoras e/ou cognitivas. Trata-se de um estudo analítico descritivo de abordagem quantitativa. Foi realizada em um hospital universitário do estado de Sergipe, através da coleta de dados de notificações de queda no sistema de vigilância- VIGIHOSP da instituição no período de 2018 a 2021. Foram excluídos os pacientes cujas informações encontram-se incompletas. Utilizou-se um formulário semiestruturado para coletar as variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao evento de queda. Realizou-se estatística descritiva, através de frequência absoluta e relativa, e estatística analítica através do teste qui-quadrado de Pearson, considerando p ? 0,05. As análises foram no SPSS 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos sob o parecer n° 4.857.393. Foram incluídos 42 idosos no estudo. A maioria dos idosos era do sexo masculino, com mais de 70 anos, negros ou pardos, com grande parte de analfabetos. Em relação às alterações cognitivas e motoras, 29 não apresentavam alterações cognitivas (p= 0,003) e 23 apresentavam alterações motoras (p= 0,435). Estudos apontam que alterações cognitivas e motoras podem ser associadas aos principais fatores intrínsecos aos riscos de queda de idosos no hospital. Por se tratar de um ambiente com obstáculos, o ambiente hospitalar pode ser de grande desafio para os idosos, que possuem dificuldades em avaliar sua real situação nos quais se encontram (hospitalizados e fragilizados), levando-os a uma perspectiva equivocada quanto às suas capacidades e predispondo-as à ocorrência da queda.