O Diabetes Mellitus é um relevante problema de Saúde Pública, diante de sua elevada prevalência e complicações. Estima-se que uma a cada cinco pessoas idosas vivem com diabetes. Essa morbidade juntamente com a Hipertensão Arterial contribuem para a polimedicação e os riscos associados ao uso crônico de medicamentos. O objetivo foi descrever características sociodemográficas, condições de saúde e utilização de medicamentos em idosos diabéticos cadastrados na Atenção Primária à Saúde. Realizou-se um estudo transversal de outubro de 2022 a junho de 2023, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, através de questionários semiestruturados aplicados em domicílio com idosos de Cuité, PB. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), apresentando os resultados através de medidas de tendência central. Dentre os 345 idosos entrevistados, a prevalência de diabetes mellitus foi de 24,9%. A maioria dos idosos diabéticos eram do sexo feminino (69,8%), moradores da zona urbana (80,2%), com faixa etária de 70-79 (44,2%) e idade média de 74,3 ± 8,4 anos. O maior percentual do tempo de diagnóstico (61,9%) ficou entre 0 e 10 anos e 58,1% consideraram a sua saúde regular. Além do diabetes, 75,6% dos idosos apresentaram outra comorbidade e 96,5% faziam uso contínuo de medicamentos, dos quais 55,4% utilizavam 4 ou mais medicamentos e 64,9% apresentaram baixa adesão ao tratamento farmacológico. O medicamento mais utilizado foi a metformina (61,9%). Conhecer o perfil sociodemográfico e de saúde favorece o planejamento e a implantação de ações específicas, principalmente no que se refere a importância da adesão ao tratamento adequado, a fim de evitar as complicações do Diabetes Mellitus.