A artrite e a osteoartrite são condições crônicas que afetam cerca de dois milhões de pessoas no Brasil. A artrite é a inflamação enquanto a artrose é a degeneração das articulações. Além dos sintomas físicos, como dor crônica, fadiga, diminuição da funcionalidade e limitação da mobilidade, essas condições também geram significativos impactos na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas idosas. A psicoterapia se insere enquanto possibilidade de elaboração do corpo através da palavra e neste sentido, o objetivo deste trabalho é refletir acerca dos impactos psicossociais da artrite e da osteoartrite na qualidade de vida de pessoas idosas destacando os desafios e estratégias de enfrentamento utilizadas. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, sobre um acompanhamento psicoterapêutico realizado a uma pessoa idosa no período de janeiro de 2022 a maio de 2023, em um consultório particular em Recife-PE. Observou-se relatos sobre os aspectos que tocam o corpo, com importante evidência à perda da independência e qualidade de vida, que geram implicações em atividades diárias como caminhar, subir escadas, realizar tarefas domésticas e participar de atividades sociais. Os impactos psicológicos dessas condições incluem sentimentos de frustração, tristeza, isolamento social, ansiedade em relação ao futuro, medo, depressão e ideação suicida. Foram realizadas consultas psicológicas ancoradas na abordagem psicanalítica ao menos uma vez por semana com duração média de 45 minutos. Foi possível perceber, que a vivência da pessoa idosa com artrite e osteoartrite geram significativos impactos negativos na qualidade de vida física e emocional. A psicoterapia desempenha papel crucial no manejo dessas condições por se constituir enquanto importante ferramenta na criação de estratégias que favorecem o engajamento em tratamentos e atividades adequadas, busca por terapias complementares e sobretudo, do suporte social no grupo familiar, de amigo ou em grupos de apoio.