O envelhecimento populacional é uma realidade, porém, alcançar a velhice de modo ativo e independente ainda é privilégio de poucos, pois, o aumento da longevidade está associado às doenças crônicas e ao declínio funcional, por isso, esses aspectos devem ser considerados na atenção à saúde. Objetiva-se descrever concepções de idosos acerca do envelhecimento a partir de sessões de cinema. Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, vinculado a um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, com participação de três docentes, sete estudantes de graduação em enfermagem, uma mestranda e idosos inscritos no Instituto Paraibano de Envelhecimento da UFPB. Realizaram-se onze encontros com idosos e estudantes para exibição de filmes e rodas de conversa com gravação e transcrição das falas, categorização temática e análise de conteúdo. As temáticas foram: envelhecimento ativo, autonomia e independência; arranjos familiares e relações intergeracionais; relações afetivas na velhice e institucionalização; aposentadoria e trabalho; fragilidade e morte; novas experiências e diferentes perspectivas de vida. Os idosos relataram que se sentiram acolhidos, que se reconheceram em várias situações retratadas nos filmes, que puderam expor seus pensamentos; conhecer opiniões e experiências de outros representou um estímulo à vida. Houve reflexões sobre a discriminação do idoso, de como lidar com a aposentadoria, a morte, as perdas, o luto, a solidão e a depressão. Ressaltaram que aprenderam lições de vida; a importância da autonomia, da independência; da capacidade para trabalhar; das relações afetivas; da rede de apoio; da necessidade de mudanças e de não desanimar frente às circunstâncias. Evidenciaram que o debate com os estudantes de saúde favorece a formação de agentes transformadores. Assim, este projeto proporciona ao idoso um espaço de interação social, de resignificar conceitos e percepções sobre o processo de envelhecimento, de forma a contribuir para o envelhecimento saudável.