Nas últimas décadas o censo da população brasileira aponta para um olhar mais atento, no aumento da expectativa de vida e o largo processo de envelhecimento. Apesar de ser uma etapa natural, o envelhecer ainda é visto como um processo negativo e homogêneo. Neste sentido, se torna necessário debater essa temática, a fim de desnaturalizar a velhice como patologia. Esse trabalho visa provocar uma reflexão sobre a importância de entender o envelhecimento humano, a fim de respeitar a figura da pessoa idosa, sua experiencia e sabedoria, destacando a importância de políticas públicas e inclusivas que acolham e valorizem o envelhecer como parte natural do processo de vida. O método da pesquisa se dá, através da revisão de literatura, nas bases de dados Pubmed e SciELO, com recorte temporal de 5 anos. Nos resultados percebemos o envelhecimento como processo gradual e multifatorial, com diferentes percepções e direcionamentos, envolvendo capacidades, vínculos constituídos, hábitos de vida e condições de saúde física e mental. Cada processo de envelhecer é único, com sua história, que não pode ser descartado ou limitado a uma faixa etária. Conclui-se que, o envelhecimento se torna um “problema” à medida que o país não se preparou, as políticas públicas não atendem as necessidades das pessoas idosas, fazendo com que elas não vejam esse processo como uma conquista, e sim como encargo para a família, a sociedade e o Estado. Essa exclusão social é orquestrada pelo Estado, que não investe nas necessidades que o envelhecimento demanda. Além da família e a sociedade que precisam acolher essa fase da vida, respeitando essa etapa, combatendo o preconceito e estereótipos negativos sobre o avanço da idade, a fim de construirmos juntos, um futuro com representações positivas, com idosos felizes, saudáveis e ativos, aproveitando essa conquista, como mais uma etapa natural no percurso da vida.