O processo de envelhecimento humano promove alterações biológicas que aumentam o risco cardiovascular da pessoa idosa, o qual é agravado por questões comportamentais, como sedentarismo e alimentação rica em açúcares e lipídeos. Nesse contexto, a avaliação do risco cardiovascular é importante medida de segurança para a pessoa idosa quando esta objetiva iniciar a prática de exercícios físicos, dada a sobrecarga aguda gerada por esse no sistema cardiovascular. Este trabalho teve como objetivo investigar a prevalência de alto risco cardiovascular nos idosos inscritos no Projeto de extensão Idade Ativa. Este desenvolve atividades de estimulação cognitiva e exercícios físicos a idosos residentes na comunidade em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. A pesquisa caracteriza-se como descritiva, de abordagem quantitativa e representa um recorte de pesquisa do tripo matriz, aprovada previamente no Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Federal de Rondônia (Parecer 5.711.236). Participaram 33 idosos (6 homens) com 68,09?5,43 anos. O risco cardiovascular foi avaliado conforme critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2019, instrumento que estabelece uma pontuação ao sujeito considerando idade, colesterol total, HDL-colesterol, fumo, pressão arterial sistólica e presença de diabetes. A aplicação do instrumento gera pontuação que define o risco global em 10 anos, em valores percentuais, e classifica o sujeito em risco baixo, intermediário, alto ou muito alto. Resultados: Dois idosos (5,88%) foram classificados como baixo risco cardiovascular; nove (26,47%) como risco intermediário; e 23 (67,64%) como alto risco cardiovascular. Conclusão: A maioria dos idosos inscritos no Projeto Idade Ativa apresenta alto risco cardiovascular, resultado que alerta para a importância de avaliação cardiovascular minuciosa como medida de segurança das intervenções com exercícios físicos.