A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por ser uma doença neurodegenerativa, na qual acontece um declínio cognitivo com perda da funcionalidade do indivíduo acometido, sendo o tipo mais comum de demência correspondendo a 80% do total de casos. A nível celular, na DA existe um acúmulo neuropatológico de placas extracelulares ?-amiloides e emaranhados neurofibrilares intracelulares da proteína TAU hiperfosforilada, a formação dessas estruturas leva à perda da ligação sináptica e disfunção na conectividade cortical. Muitos estudos elucidam que disfunções do sono é uma característica precoce da DA que já ocorre nos estágios inicias da neurodegeneração, podendo ser um marcador do desenvolvimento da doença, pois tem modulações significativas nas vias biológicas da doença e uma oportunidade de intervenção precoce. O objetivo deste é apresentar o papel dos distúrbios do sono na progressão da Doença de Alzheimer. O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura, desenvolvida por meio de fontes indexadas nas bases de dados da MEDLINE, PUBMED e BVS, no período de 2013 a junho de 2023, utilizando os descritores: “Transtornos Sono-Vigília” e “Doença de Alzheimer”, nos idiomas português e inglês. A associação entre sono e a progressão da DA é evidenciada em diversos estudos, uma vez que pode desencadear um processo neurodegenerativo. O sono é de grande importância na regulação dos processos de plasticidade, a interrupção do sono afeta a regulação da homeostase cerebral promovendo o acúmulo de ?-amiloide, além de promover uma resposta inflamatória sistêmica, o que aumenta os níveis de concentração de citocinas pró-inflamatórias que induzem o estresse mitocondrial nos neurônios, o estresse oxidativo, essas citocinas, a exemplo da IL-18 aumenta os níveis de Cdk5 e GSK-3?, que estão envolvidos na hiperfosforilação da Tau. Sendo assim, é imperioso um olhar mais voltado para esta relação, afim de aprimorar o diagnóstico e o tratamento precoce da DA.