O envelhecimento da população corrobora com aumento nas taxas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, destacando-se as doenças cardiovasculares, reconhecidas como as doenças com maior morbimortalidade na população idosa brasileira, e por isso, consideradas problemas de saúde pública. Dentro deste grupo, predominam as doenças isquêmicas do coração. Assim sendo, este estudo tem por objetivo descrever o perfil de mortalidade por doenças isquêmicas do coração em pessoas idosas brasileiras no ano de 2021. Realizou-se estudo descritivo e quantitativo, utilizando-se dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponíveis na página do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva em frequência absoluta e relativa dos óbitos referente ao grupo da Classificação Internacional das Doenças –Doenças Isquêmicas do Coração. Incluíram-se as seguintes variáveis: faixa etária, estado civil, sexo, cor/raça, escolaridade e regiões brasileiras. Entre os idosos com maior percentual de mortes por doenças isquêmicas do coração, destacaram-se aqueles com 80 anos ou mais; casados ou viúvos. Com relação ao sexo, 56% ocorreram nos homens, e acima dos 80 anos as mulheres foram mais acometidas. A cor/raça que mais prevaleceu foi a branca (55%). Aqueles com baixa ou nenhuma escolaridade foram os mais acometidos (65%), evidenciando que tais condições podem ter progredido pelo não acesso a informações suficientes sobre os determinantes em saúde. Ressalta-se que a região Sudeste detém a maior taxa de mortalidade pela causa estudada. O conhecimento do perfil de mortalidade entre as pessoas idosas por este tipo de doença é relevante para que medidas de promoção em saúde e investimentos sejam incrementados para ações de promoção, prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos eficazes e, dessa forma, possam interferir nos fatores de risco modificáveis e ajudar a reduzir a mortalidade por estas doenças.