Qualidade de vida pode ser definida como a forma da pessoa enxergar sua posição na vida, considerando cultura, valores, metas, expectativas, padrões e preocupações. A qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV resulta de múltiplos fatores, como adesão ao tratamento, adaptações à infecção, faixa etária e percepção desse indivíduo na sociedade. Estudos demonstram que longos anos de convivência com o HIV possuem influência positiva na qualidade de vida de idosos, uma vez que há melhor adaptação às mudanças que esse agravo provoca, porém ainda há muitos desafios. Objetiva-se identificar produções científicas acerca da qualidade de vida de idosos vivendo com HIV e investigar determinantes e desafios da qualidade de vida desses idosos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados SCIELO, LILACS e MEDLINE cuja questão norteadora foi “Quais os determinantes e desafios da qualidade de vida de idosos vivendo com HIV? “. Utilizaram-se descritores em Ciências da Saúde (DECs/MeSH) “IDOSOS”, “HIV” e “QUALIDADE DE VIDA”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis integralmente publicados, no Brasil, entre 2018 e 2023 em língua portuguesa. Excluíram-se artigos de revisão e dissertação e que não apresentavam relação com o objeto de estudo. Identificaram-se 12 estudos. Resultados apontam que avanços científicos e educação em saúde influenciaram na melhoria significativa na qualidade de vida de idosos vivendo com HIV. Como determinantes de qualidade de vida, destacam-se a adesão à terapia antirretroviral, redes de apoio e percepção social e pessoal da doença. Como desafios, evidenciam-se discriminação e isolamento, sentimento de medo, culpa e efeitos adversos da terapia antirretroviral. A vulnerabilidade ao HIV tornou-se condicionada a comportamentos de risco em diferentes grupos populacionais. Pessoas que estão envelhecendo com HIV devem enfrentar os desafios da invisibilidade da sexualidade na velhice, discriminação e preconceito que se relacionam à manutenção da sua qualidade de vida.