O envelhecimento traz consigo algumas consequências significativas tais como perdas motoras, cognitivas e mentais, aumento da vulnerabilidade e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), com isso, pessoas idosas, necessitam de esquemas farmacoterapêuticos contínuos. Esse cenário torna a não adesão farmacoterapêutica, um desafio significante no cuidado de saúde de idosos. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados à não adesão à farmacoterapia em idosos de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) de Campina Grande–PB. Tratou-se de um estudo quantitativo, transversal, realizado no período de janeiro a maio de 2023, no Lar Doce Lar Arruda Cruz. Na ILPI residem 25 idosos, mas apenas 16 deles fazem uso de medicamentos. Dentre esses, 43,75% (n=7) possuem 80 anos de idade ou mais, 56,25% (n=9) são mulheres. A principal DCNT registrada foi Hipertensão Arterial Sistêmica, em 84,61% (n=11). Além disso, 3 idosos sofrem de sequelas de Acidente Vascular Encefálico e 3 de Alzheimer. Devido às complicações de saúde, alguns idosos fazem uso de vários medicamentos, resultando em polifarmácia, o que foi identificado em 5 prescrições. Também foram identificados alguns medicamentos que devem ser evitados nesse grupo etário. Foi observado que a maioria apresentava baixa escolaridade e que alguns deles registraram dificuldade funcional e cognitiva. Portanto, idade avançada, baixa escolaridade e déficit cognitivo são fatores de risco para não adesão à farmacoterapia, o que pode ser atribuído ao aumento de comorbidades que tendem a acompanhar o envelhecimento e também a dificuldades que se relacionam ao déficit cognitivo, como memória, atenção e concentração. Com o estudo, foi possível identificar os fatores associados à não adesão medicamentosa nos idosos investigados e assim contribuir para o conhecimento do perfil sociodemográfico e condições de saúde, reforçando a importância do profissional farmacêutico para identificar problemas relacionados a medicamentos (PRMs).