Introdução: O câncer pancreático localmente avançado (CPLA) é uma das neoplasias malignas mais agressivas, aumentando com o avanço da idade e acometendo, principalmente, a população idosa. A principal forma de tratamento é cirúrgica, contudo, a maioria dos pacientes não estão aptos para a ressecção. Dessa forma, a eletroporação irreversível (IRE) é uma nova técnica que utiliza uma ablação não térmica, evitando lesões nos ductos ou vasos, controlando a neoplasia. Objetivo: Investigar o uso da IRE no tratamento de CPLA em pacientes idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que realizou um levantamento de publicações na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: “idoso" AND “eletroporação” AND “câncer de pâncreas”, encontrando-se 22 artigos. Após a aplicação dos filtros: texto completo; no período de 2019 até 2023, encontraram-se 21 trabalhos. Resultados e discussão: Desses, excluíram-se 9 por indisponibilidade na íntegra, constituindo um corpus final de 12 artigos. As evidências referem que os pacientes diagnosticados com CPLA, geralmente, não são operáveis visto que há o envolvimento vascular significativo e, atualmente, a radioterapia e a quimioterapia são tratamentos recomendados, porém existem indivíduos que não toleram ou respondem a estas condutas, sendo uma nova opção terapêutica a IRE que consiste em uma técnica de ablação que pode ser feita de forma aberta ou minimamente invasiva, aplicando pulsos elétricos para promover a apoptose de células tumorais sem danificar a matriz extracelular, protegendo assim ductos e vasos e possuindo poucos efeitos adversos. Conclusão: Isto posto, a IRE pode ser um novo método terapêutico personalizado para cânceres pancreáticos avançados em pacientes idosos, possibilitando que tenham menos complicações pós-operatórias e maior tempo de sobrevida. Entretanto, uma vez que os estudos ainda são incipientes, sugere-se mais evidências científicas para sua indicação e comprovação quanto a sua capacidade citorredutora, indução de uma resposta imune sistêmica. sua segurança e eficácia.