A falha de segurança nos processos da assistência cirúrgica pode causar danos consideráveis. Em 2008, Aliança Mundial para a Segurança do Paciente adotou como segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente o programa “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” com o intuito de aumentar os padrões de qualidade almejados pelos pacientes e lançou o checklist de cirurgia segura como a principal estratégia para fortalecer a comunicação da equipe profissional e garantir que o procedimento correto ocorrerá no paciente correto. O propósito da ferramenta é, em cima do planejamento que já foi feito, realizar uma nova checagem para garantir que nenhum ponto crítico ficou despercebido. Nesse estudo questiona-se: como ocorre a aplicação do checklist de cirurgia segura nos procedimentos de oftalmologia? Assim, adotou como objetivo relatar a experiência da aplicação do checklist de cirurgia segura adaptado a oftalmologia. Trata-se de uma pesquisa descritiva, narrativa, de nível I, do tipo relato de experiência, que tem a finalidade de descrever a vivência de uma enfermeira no centro cirúrgico ambulatorial especializado em oftalmologia da capital do Rio Grande do Norte, Brasil. Com os resultados, observou-se que a condução do checklist ocorre com a colaboração da enfermagem, anestesiologistas e cirurgiões oftalmologistas sendo cada profissional responsável pelo registro de uma fase da lista. Verificou-se também que o impresso utilizado abordar 34 pontos críticos que devem ser confirmados em três fases importantes das cirurgias oftalmológicas. As fragilidades observadas na operacionalização do checklist estão relacionadas a comunicação da equipe. De modo geral, a vivencia constatou que o checklist adaptado as cirurgias de oftalmologia assegura que elementos-chave de segurança sejam incorporados dentro da rotina da sala de operações, como também possibilita maximizar a chance de melhores resultados para os pacientes sem que ocorra ônus indevido ao paciente, profissional ou instituição.