No Brasil, de acordo com dados do IBGE em 2020, estima-se que existam cerca de 34 milhões de idosos, representando 9,2% da população total do país. Entretanto, esse grupo populacional apresenta vulnerabilidades em saúde e pode sofrer de sintomas depressivos, que podem ser agravados pela perda de papéis sociais e da autonomia. A depressão é um transtorno mental grave, que gera incapacidade e alto custo para os sistemas de saúde pública, em que as mulheres são as mais afetadas. Neste sentido, o psicólogo russo Urie Bronfenbrenner tem por pressuposto fundamental de sua teoria a importância de reconhecer a influência que eventos e condições ambientais externas ao ambiente imediato exercem sobre o desenvolvimento do indivíduo. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo identificar a presença de sintomas depressivos em pessoas idosas atendidas na Atenção Primária e residentes em Instituições de Longa Permanência (ILPI). Trata-se de um estudo quantitativo do tipo descritivo e transversal, com utilização da Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) aplicada em 160 participantes. Com relação às pessoas idosas da Atenção Primária, a maioria apresentou quadro psicológico normal (82%), seguido por quadro depressivo leve (15%) e quadro depressivo grave (3%). Já os participantes residentes em ILPI apresentaram um percentual menor de quadro psicológico normal (57%), seguido pelo quadro depressivo leve (23%), e um elevado percentual de quadro depressivo grave (20%). A população idosa da Atenção Primária apresentou uma média de 3,05 pontos, com desvio-padrão de 2,78 no GDS-15. Já com relação aos participantes residentes em ILPI, a média foi de 5,9 pontos, com 3,5 de desvio-padrão.