Introdução: Levando em consideração o atual cenário causado pelo novo vírus do SARS-CoV-2, o isolamento social adotado promoveu desafios importantes aos idosos, os quais experimentaram dificuldades para preservar as atividades socializadoras relacionadas às atividades de vida diária e aos cuidados em saúde. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar o impacto da restrição social sobre a funcionalidade de pessoas idosas durante o isolamento social, procedente da pandemia por COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com corte transversal e abordagem quantitativa. A amostra foi aleatória, do tipo não probabilística, obtida por recrutamento em “bola de neve”, composta por 30 idosos, de ambos os sexos. Os candidatos ao estudo possuíam acesso a meios virtuais e estavam em boas condições clínicas, cinéticas e funcionais para manejo desses meios. A coleta de dados foi realizada pela plataforma Google Forms, utilizando um formulário composto por trinta e três questões objetivas, sendo sete relacionadas aos dados sociodemográficos dos participantes e vinte e seis sobre funcionalidade do mesmo em seu cotidiano, com tempo médio de resposta de 20 minutos. Os participantes responderam ao questionário de forma anônima e sigilosa, acessando-o pelo aplicativo de mensagens instatâneas Whatsapp. Os dados foram tabulados pelo programa software estatístico R. O teste Shapiro-Wilks verificou a normalidade dos dados; o teste de Spearman comparou e correlacionou as respostas enviadas pelos idosos, considerando como nível de significância o valor de 5% (p-valor<0,05). Resultados: Observou-se uma perda significativa da funcionalidade entre os homens cujas atividades mais impactadas foram as dificuldades em realizar os trabalhos manuais domésticos p-valor= (0.002602) e dificuldades para deitar e se levantar da cama (0.01073). As principais variáveis associadas à percepção da funcionalidade antes e durante a pandemia foram o sexo, a religião e a moradia.