O fator neutrófico derivado do cérebro (BDNF) possui uma ampla funcionalidade no organismo, sendo de grande importância para a neuroplasticidade e memória e dentre as doenças e agravos a saúde da população idosa, a Diabetes Mellitus tipo 2 tem sido associada às disfunções cognitivas, Alzheimer e outras formas de demência em pessoas idosas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a existência de uma possível correlação entre BDNF, com fatores antropométricos, marcadores bioquímicos e níveis dos produtos de glicação avançada em idosos com DM2 antes e após 12 semanas de treinamento resistido (TR). Foram incluídos 10 homens com idade acima de 65 anos que realizaram treinamento físico resistido durante 12 semanas. Inicialmente, os dados foram avaliados quanto a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. A correlação de Spearman foi utilizada para testar possíveis correlações entre glicemia, HbAc1, insulina, HOMA, IMC, AGEs, e as concentrações séricas de BDNF antes e após o TR. Foram observadas fortes correlações positivas entre os níveis de insulina e de resistência a insulina, bem como uma moderada correlação entre AGE e BDNF antes da intervenção. Outras correlações moderadas e positivas foram observadas entre níveis insulina e IMC, glicemia e HbAc1, resistência a insulina e IMC após a intervenção física. Embora o TR resistido não tenha alterado parâmetros bioquímicos associados a DM2, a moderada correlação entre BDNF e AGEs antes do TR pode sugerir um mecanismo compensatório do sistema nervoso em relação a presença dos AGEs. A perda dessa correlação e de outras correlações, bem como o surgimento de novas correlações após o TR pode sugerir que uma intervenção física poderia auxiliar na redução dos danos provocados pela DM2 no organismo de idosos diabéticos.