O currículo como o conhecemos hoje, é uma construção social, organizado de forma intencional, sistematizado, centrado no projeto formativo que se intenta construir. O currículo integrado, amplia o conceito de currículo com a ideia de formação integral dos sujeitos. A presente pesquisa, parte do entendimento que, as mudanças ocorridas na educação, a partir das reformas implementadas no Brasil, principalmente as iniciadas na década de 1990. Influenciadas prioritariamente pela crise em que mergulhou o sistema capitalista (Santos, 2017, "p", 207). Uma crise econômico-financeira e estrutural, que demandou, por um novo perfil de trabalhador, que deveria reunir diversas competências em atendimento às necessidades tecnológicas do processo produtivo. O mundo do trabalho passa por uma reestruturação produtiva, marcada pela retomada da acumulação do capital, agora como uma economia globalizada e políticas neoliberais. O Brasil, assim como o mundo capitalista, busca expandir-se economicamente nos moldes internacionais com o advento das novas tecnologias que permeiam o mercado. Surge, então, sob a égide da tecnologia, a partir da década de 1980, uma educação para todos, que visa atender as novas demandas de mercado por formação de trabalhador. Esta pesquisa faz uma reflexão sobre o currículo integrado, suas múltiplas relações com a cultura, contextos, linguagens, tempos e espaços ampliados pela presença da tecnologia. Este trabalho tem como referência o Curso Técnico em Informática da EEEP Manuel Abdias Evangelista; suas práticas integradoras, a contextualização do currículo às vivências dos alunos, por meio de projetos de caráter interdisciplinar, mediados pela tecnologia. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com enfoque qualitativo, desenvolvida a partir do campo de observação. Os resultados da análise evidenciaram como o currículo integrado promove uma articulação entre distintas áreas do conhecimento, ressignificando o uso das tecnologias no cotidiano da escola, promovendo uma reflexão sobre a prática.