A história da filosofia frequentemente subestimou a importância do conhecimento estético em comparação ao conhecimento verbal, levando-a a ignorar o cinema como uma forma de expressão filosófica. No entanto, desde sua criação, o cinema tem sido objeto de discussões por diversos pensadores sobre seu papel presente e futuro na filosofia. Em vista disso, o trabalho propõe-se a relatar a experiência do discente enquanto monitor da disciplina de Filosofia II (Ética e Estética) no Instituto Federal do Rio Grande do Norte - Campus Mossoró, ao fazer uso do cinema ao longo das atividades com o fim de alcançar dois objetivos: auxiliar didaticamente a compreensão dos estudantes quanto aos temas filosóficos discutidos, e estabelecer um meio adequado para o estímulo de discussões nos encontros do clube de filosofia do instituto, chamadas “cine debates”. É de suma relevância pontuar o potencial, há muito defendido, da monitoria acadêmica em contribuir de formas diversas para uma formação mais completa tanto do monitor quanto dos estudantes monitorados, tendo em vista sua função de instrumento mediador na relação entre professores e alunos, tornando-a mais eficiente e proveitosa. Por isso, discutir as possibilidades de conjunção entre a monitoria em filosofia e a reflexão cinematográfica mostra-se substancial, na medida em que ambos os pontos podem caminhar juntos na construção de uma ponte entre o conhecimento filosófico e seu aprendiz, ao quebrar a distinção entre ver e discutir e, assim, formar indivíduos de alicerçado senso crítico.