Compreender como o ser humano aprende segue sendo objeto de estudos por parte de profissionais nas mais diversas áreas. As descobertas sobre o funcionamento do cérebro e suas estruturas tem impactado significativamente a forma como nos víamos até então. O cérebro humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios, sendo esses considerados as células da aprendizagem em parceria com a células glias, que sustentam e consolidam, somaticamente, qualquer tipo de aprendizagem. Se o advento das tecnologias (e o acesso a elas) proporcionam uma infinidade de estímulos neurossensoriais, cognitivos e emocionais, era de se prever que o cérebro humano iria “ajustar-se” à essas mudanças comportamentais, considerando que esta é uma característica predominante dessa geração, que já nasce conectada. Curiosamente, a facilidade de acesso ao conhecimento vai contra fatores que interferem significativamente na aprendizagem, fazendo com que a busca por possibilidades e alternativas para superar essas dificuldades sejam tão necessárias. Dessa forma, a neurociência justifica ações do comportamento humano, ao tempo em que possibilita soluções pedagógicas sob o olhar neurobiológico, uma vez que mobiliza mecanismos neurais como atenção, memória e percepção, dentre outros processos cognitivos. Logo, o objetivo desse relato de experiência é fornecer resultados de como a neurociência por meio da neurobiologia possibilita uma melhor estruturação dos conteúdos em seus respectivos componentes curriculares para práticas metodológicas efetivas. Não se pode negar que há uma diversidade de possibilidades para que os alunos obtenham bons níveis de aproveitamento. A grande questão é que, ao pensar as ações docentes considerando como o aluno aprende, faz com que o professor seja sensível e razoável quanto às escolhas metodológicas para o ensino de modo que atenda seu público.