O presente artigo tem por objetivo o estudo da pedagogia libertária de Maria Montessori e Paulo Freire, nas suas respectivas áreas através de uma revisão literária de suas obras e estudos. Discutir suas ideias para detectar distinções e semelhanças das pedagogias estudadas por ambos, de forma a conduzir para análise da influência de seus conceitos no dia a dia dos docentes e consequentemente nos educandos. Assim como Freire ressalta a importância da educação quando afirma que a educação não transforma a sociedade sozinha, porém sem ela também não haverá mudança, ou seja, a educação é uma forma de intervenção no mundo, para isso Montessori acredita que o docente no ato de ensinar se faz necessário ser crítico e curioso para que seja possível edificar um conhecimento e alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Contudo na Pedagogia Crítica de Paulo Freire e na Pedagogia Científica de Maria Montessori exige uma educação libertadora, emancipatória, que valorize o ser humano como um sujeito ativo no seu desenvolvimento e processo de ensino e aprendizagem, uma educação livre de repressões e do autoritarismo que Freire denomina educação bancaria, Montessori coloca a educação como um órgão de interesse do Estado para “controle” do indivíduo voltado para as finanças, mostrando que ao surgir a necessidade de um país em economizar logo a primeira a ser atacada será a educação. É possível perceber nas afirmações de Freire e Montessori que seus conceitos defendem uma educação mais horizontal no qual tanto aluno como professor podem aprender ou ensinar. Mesmo em perspectivas diferentes com idades distintas, se encontram numa educação que prospecta um aluno questionador do ambiente social, com isso, entendemos o estudo de suas obras que busca entender a formação crítica do sujeito.