Este estudo visa compreender a política de assistência estudantil com ênfase no processo de inscrição e seleção via Editais em plataformas digitais, cuja constatação é que cerca de 40% a 60% dos candidatos não são avaliados nos critérios socioeconômicos do Edital, pois são indeferidos pela entrega incompleta da documentação solicitada. Logo, o presente texto busca refletir sobre a assistência estudantil nas Instituições Federais de Ensino, sob a ótica do Decreto 7.234/2010, destacando que embora represente um ganho considerável o amparo jurídico e orçamentário no intuito de prover o direito constitucional à permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica em espaços educacionais, este processo esbarra-se em barreiras quanto a interpretação dos editais, de manuseio de plataformas digitais, bem como no acesso aos equipamentos. Parte-se assim de uma pesquisa bibliográfica e documental, com base em dados analisados sob o olhar da dinâmica de trabalho do Serviço Social na Assistência Estudante. Neste sentido, o acesso a política deve considerar as dificuldades intrínsecas do público ao qual se destina, de forma a não se tornar um processo excludente, sob o risco de desvirtuar a sua finalidade. Almeja-se que esta discussão contribua na implementação da política de forma mais justa e acessível, considerando as limitações e dificuldades daqueles que não conseguem acessá-la.