Vive-se hoje uma crise climática sem precedentes na história geológica recente. A discussão sobre as Mudanças Climáticas (MC), acerca do papel de cada pessoa na produção e na mitigação da crise, tornou-se um imperativo curricular. Este estudo tem como pressuposto a insuficiência do currículo da Educação Ambiental (EA) para cumprir essa tarefa. Propõe a discussão da expansão conceitual da EA na direção da Educação Climática (EC). Para esse fim, assume-se o desenvolvimento de um experimento pedagógico de EC em uma escola pública municipal de Fortaleza - CE. De abordagem qualitativa, a pesquisa tem como objetos de estudo a forma como os conceitos sobre mudanças climáticas se inserem nas aulas de EA e no cotidiano escolar, como prática internalizada pela comunidade. Utilizam-se três técnicas de coleta de dados: análise documental, aplicação de questionários e o desenvolvimento de um experimento pedagógico em que estudantes serão instigadas e instigados a perceber os efeitos da crise climática, discuti-los e agir comunitariamente. São questões da investigação: Como o atual contexto das MC está colocado no Currículo da educação brasileira? De que forma a escola tem trabalhado a EA dentro do currículo? A escola vivencia a EA como prática formativa internalizada no cotidiano? Como se pode criar, coletivamente, estratégias pedagógicas curriculares, no âmbito da EC, para o enfrentamento dos problemas ambientais identificados na comunidade e pela comunidade. O objetivo central é elaborar uma proposta de Educação Climática para o currículo do Ensino Fundamental I. Ao final, como produtos concretos, desenvolve-se uma ação prática no bairro e entrega-se o diário de bordo da pesquisa à Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza - CE, visando subsidiar a formação dos docentes, para disseminar a metodologia por todas as escolas da rede municipal. Mas como a pesquisa ainda não se concluiu, os resultados aqui apresentados são preliminares.