O presente trabalho visa analisar o impacto do período pandêmico nos métodos de ensino e aprendizagem, observando a Pandemia de Covid-19 como fenômeno complexo de caráter geográfico e singular, apresentando padrões de comportamento regionais que destoam de uma vivência coletiva única. Sabemos que Sistemas Complexos são capazes de exprimir um caráter reorganizativo, segundo Nowak et al, Lemke, e que a educação e fatores socioemocionais podem ser vistos como fenômenos complexos, como afirmam Morin e Ladyman. Portanto, o cenário educacional e socioemocional necessitou se adaptar à nova realidade do mundo face à Pandemia. Este trabalho está relacionado a Projeto de Pesquisa e Extensão que utilizou como base metodológica a pesquisa-ação de Kurt Lewin e Michel Thiollent. Durante as atividades de Extensão, foi simultaneamente realizada a Pesquisa, por meio de dados coletados dos participantes, alunos e professores, à respeito de suas vivências e impressões, tanto das ações de difusão científica trazidas, quanto do período pandêmico, e do ensino-aprendizagem de ciências. Da análise, observamos por exemplo que o isolamento social, a crise econômica, e a falta de acesso e preparo à tecnologia adequada, influenciaram fortemente na forma de aprender e ensinar. Além disso, professores relataram dificuldades em relação à adaptação e aplicação do ensino remoto, vinculado ao despreparo não intencional para assumir as “novas tecnologias”. Na análise, sob a ótica da Complexidade e Transdisciplinaridade, e dos aspectos complexos do cenário educacional, encontramos que a pandemia é um fenômeno desafiador de alta carga de estresse psíquico que influenciou no ensino-aprendizagem e nos aspectos socioemocionais, e expôs a precarização e desigualdade do ensino, do acesso a tecnologias, ambientes adequados, entre outras. Havendo, portanto, a necessidade de políticas públicas científicas e educacionais que minimizem esses impactos no futuro.