Tradicionalmente, os processos avaliativos têm servido como itinerários para a seleção e a classificação dos estudantes. No entanto, as reflexões em torno da avaliação formativa e, consequentemente, sobre a autoavaliação, discorrem, sobre tais itinerários, como processos integrados que objetivam o desenvolvimento da aprendizagem, não sendo estáticos, mas processuais e contínuos. Nesse panorama, a partir da experiência realizada com a 3ª série do Ensino Médio do Colégio Juvenal de Carvalho, em Fortaleza – Ceará, cujo processo avaliativo revela-se com foco nos resultados de aprendizagem, foi possível evidenciar estratégias na implantação da prática da autoavaliação em sala de aula, objetivando o pleno desenvolvimento da autonomia e da aprendizagem significativa do estudante. Nessa direção, a autoavaliação, no contexto da avaliação formativa, permite que os discentes reflitam e tomem consciência de seu processo de aprendizagem e dando sentido aos seus resultados. Para PIAGET (1993), a abertura de novas possibilidades a serem consideradas pelo aprendiz não se dá pela livre associação de ideias, mas pela "liberação de limitações resistentes". O erro viria, assim, denunciar essas limitações, o que permite a apropriação de uma nova referência a ser compartilhada em sala de aula. Segundo PERRENOUD (1999), a autoavaliação desperta o aluno para a regulação do seu próprio pensamento e processos de aprendizagem, afirma ainda que “não se trata mais de multiplicar feedback externo, mas de treinar o aluno para regular os seus processos de pensar e aprender”. Logo, ZIMMERMAN (2000), finalmente, considera a autoavaliação como o controle que o sujeito exerce sobre seus pensamentos, ações, emoções e motivações, por meio de estratégias pessoais para atingir os objetivos estabelecidos. A autoavaliação, assim, revelou-se como um caminho possível a tão sonhada autonomia e aprendizagem significativa, pois se baseia na relação professor e aluno e, sendo assim, apresenta-se como potencializadora do processo formativo.