A APROPRIAÇÃO INATA DA CRIANÇA PARA COM SEU MUNDO ENSINA DE UMA FORMA VERDADEIRA E NATURAL ACERCA DAS TRAJETÓRIAS COLETIVAS E INDIVIDUAIS NO ATO DE APRENDER. A CULTURA ADULTA NA RELAÇÃO DE DOMINAÇÃO DO CONHECIMENTO INVIABILIZA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUE VALORIZA O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA, COMPREENDIDA COMO DINÂMICA PESSOAL CONSTRUÍDA NA INTERAÇÃO COM OS SERES E O MUNDO. OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS PARA COMPREENSÃO DA AUTONOMIA ENCONTRAM EM PAULO FREIRE IMPORTANTE ALICERCE NO QUE SE REFERE AO CONCEITO DE DIALOGIA, MOVIMENTO DA AÇÃO-REFLEXÃO DO SUJEITO QUE, POR MEIO DO DIÁLOGO, HUMANIZA E TRANSFORMA A REALIDADE. AUTONOMIA DESTA FORMA RELACIONA-SE AO DIÁLOGO, QUE É AÇÃO BILATERAL E EXIGÊNCIA EXISTENCIAL. O CONCEITO DE AUTONOMIA CONSTRÓI-SE NA RELAÇÃO COM A LIBERDADE DE PENSAR POR SI (FREIRE, 1997), ENQUANTO CONQUISTA CONSTRUÍDA A PARTIR DA PRÓPRIA LIBERDADE, ESSENCIALMENTE O TERMO É POSTO NA PESQUISA SOB A PERSPECTIVA FREIREANA DE PRODUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL, EMBASADA EM EXPERIÊNCIAS NAS QUAIS O APRENDENTE POSSA FAZER ESCOLHAS E TOMAR DECISÕES, APRIMORANDO A CAPACIDADE DE AUTOGOVERNAR-SE, SENDO UM PROCESSO DE AMADURECIMENTO MEDIADO POR EDUCADORES, FAMÍLIA E SOCIEDADE COMO UM TODO (OLIVEIRA-FORMOSINHO E FORMOSINHO, 2011). ASSIM, POR MEIO DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA DESCRITIVA EXPLORATÓRIA, PARTE-SE DA CONCEPÇÃO DE QUE A AUTONOMIA É UM PROCESSO ESPONTÂNEO E MEDIADO PELO OUTRO E PELO MUNDO, DE MANEIRA QUE SE EFETIVA NA MEDIDA EM QUE AS RELAÇÕES SÃO FÉRTEIS PARA TAL, REFERINDO-SE À PRÓPRIA COMPLEXIDADE DO SER (MORIN, 2006).