O presente artigo parte das teorias pós-críticas de currículo quando as mesmas trabalham a questões do multiculturalismo e das diferenças culturais. Entre as diferenças, destacamos as de gênero, que desde o Brasil patriarcal, tornaram mais acentuadas as relações de poder entre homens e mulheres destacando-o, como o sexo forte e ela, como o sexo frágil, o belo sexo. Estas diferenças culturais se estenderam, inclusive, para o currículo fazendo com que os homens tivessem acesso a componentes curriculares e cursos em que podiam exercer as funções de mandonismo, acentuando as relações de poder. Foi na profissão de professora, que encontraram respaldo de independência, inclusive, para fugir dos destinos que eram prontos e naturalizados, através do casamento. Estudar a prática educativa de mulheres que se tornaram professoras, mas que não tiveram visibilidade, faz parte deste projeto de pesquisa. O Colégio Dr. Elpídio Almeida - O Estadual da Prata, teve a primeira mulher na gestão após 52 (cinquenta e dois anos) de fundação. Nosso objeto de estudo é a primeira mulher gestora daquela instituição de ensino que tem um legado cultural, memorialístico e histórico no município de Campina Grande - PB. Dar visibilidade às mulheres professoras é o nosso objetivo geral. Para tanto utilizaremos a metodologia que toma como base a História Cultural, visitas ao Colégio e entrevista com a primeira mulher gestora. Esperamos que este trabalho possa contribuir com a discussão sobre as mulheres, que foram esquecidas ao longo da História.