Nos anos finais do século XX, a educação especial foi redimensionada em consonância com as políticas educacionais inclusivas, que orientam a educação de todas as pessoas nas escolas regulares. Nesse contexto, foram criadas as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) dentro das escolas regulares, onde deve ser oferecido o Atendimento Educacional Especializado (AEE). A presente pesquisa surgiu de questionamentos relacionados à oferta do AEE, que culminaram nos objetivos que a nortearam. Neste trabalho são apresentados resultados referentes a um dos objetivos específicos traçados, que foi: analisar as contribuições do AEE para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos público alvo da educação especial e para a efetivação da inclusão escolar. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola da rede municipal de Pau dos Ferros/RN, envolvendo três professoras: uma que atua no SRM e duas que atuam em turmas de 5º ano do ensino fundamental nas quais estudam alunos que recebem o AEE. Foi utilizada a abordagem qualitativa do tipo etnográfico. Fundamentamos o nosso estudo, principalmente em Mantoan (2003), Mittler (2003), Ropoli (2010), dentre outros. As análises nos levaram a constatar que o AEE é ofertado a alunos com dificuldades de aprendizagem ou transtornos, cujas características diferem daquelas definidas pelos documentos nacionais. Foi evidenciado que o AEE traz contribuições para o desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, mas ainda se faz necessário uma ampliação desse serviço, bem como um trabalho coletivo de todos os educadores para que traga contribuições mais expressivas para a efetivação da educação inclusiva na instituição.