A maioria dos professores de Química se julga despreparado para atender alunos com necessidades especiais, uma vez que passaram por uma formação deficitária o que acaba gerando um processo de inclusão extremamente precário no qual os alunos, embora estejam inseridos em uma sala de aula regular, são vistos apenas como agentes passivos no processo de ensino-aprendizagem. Ante o exposto, o objetivo desse trabalho foi analisar a percepção dos docentes de Química quanto à Educação Inclusiva. Essa pesquisa foi realizada em uma escola estadual da cidade de Arara-PB e teve como público-alvo dois professores que lecionam a disciplina de Química. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário composto por 25 questões, as quais estavam relacionadas com a identificação, formação, características profissionais e a percepção dos docentes de Química quanto à Educação Inclusiva. Os resultados obtidos evidenciam que um dos maiores problemas na Educação Inclusiva é a formação dos docentes, tanto a inicial, uma vez que os currículos das instituições de ensino superiores estão deixando lacunas na formação desses profissionais, quanto à continuada já que não são oferecidos cursos com essa finalidade. Baseado no exposto e levando em consideração os documentos oficiais nacionais, internacionais, encontros e conferências realizadas nas últimas décadas para a inclusão de pessoas com necessidades especiais ao ensino regular, percebe-se que essa luta não é de hoje. Porém é algo que na prática não está acontecendo em muitos ambientes escolares, principalmente devido à formação dos docentes, a exemplo dos que serviram de base para este trabalho.