O grande desafio lançado ao pensamento e à Educação neste início de século e milênio é a contradição entre, de um lado, os problemas cada vez mais globais, interdependentes e planetários, do outro, a persistência de um modo de conhecimento ainda privilegiando os saberes fragmentados, parcelados e compartimentados. Donde advém a necessidade e a urgência, para uma reforma do Pensamento e da Educação, de valorização dos conhecimentos transdisciplinares que promovam o desenvolvimento, no ensino e na pesquisa, de um espírito propriamente humanizado, que contrariamente ao sistema clássico de ensino, institui um saber hierárquico e autoritário, venha a ajudar a superar a distância entre escola/sociedade e escola/vida. Ao discutirmos a instauração de uma nova relação, entre educadores e educandos a prática transdisciplinar exige-se o cumprimento de certas exigências: a criação de uma nova inteligência e de uma razão aberta capazes de formar uma nova espécie de cientistas e educadores, utilizando essa nova pedagogia. O relato de experiência, apresentado neste presente artigo, revela que, ao ensinar as crianças a prática da meditação e o exercício da gratidão e da paciência melhora o relacionamento interpessoal, a capacidade de resolução de problemas destes no que se refere tanto aos desafios de aprendizagem como na busca de resolução de conflitos a que estão submetidos no contexto onde vivem, resgata a integração entre corpo e mente, pensamento e sentimento, conhecimento e autoconhecimento, e a flexibilidade corporal, mental e espiritual nos processos de construção do conhecimento.