Este relato de experiência é fruto da nossa trajetória acadêmica, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), no decorrer do mestrado em educação brasileira, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). O estudo teve raízes na disciplina cursada, que teve por título “Educação Inclusiva: novos apontamentos e perspectivas ecoformadoras”, em que se discutiu a importância de trabalhar na Educação Inclusiva/Educação Especial, prática de aprendizagens integradoras voltadas à legitimação do sujeito, por meio de abordagens fundamentadas na teoria da complexidade, transdisciplinaridade e o ser ecossistêmico. Durante o exercício da disciplina, que ocorreu no primeiro semestre de 2018, a oferta da disciplina na grade curricular do PPGE/UFAL, se direciona a linha de pesquisa “Educação e Inclusão de Pessoas com Deficiência ou Sofrimento Psíquico”, uma linha recente no programa, mas que abarca uma discussão calorosa no cenário da educação, colocando em suma os debates e embates que a inclusão tem proporcionado. Sobre isto, a oficina surgiu mediante uma das etapas da ementa da disciplina, em que foi solicitado aos estudantes, a tarefa de produzir uma oficina baseado nos textos que foram discutidos em sala. Para isso, foi realizado um sorteio, para que cada trio, elaborasse uma oficina embasada teoricamente no texto sorteado. Sendo assim, a oficina teve como texto base, o estudo intitulado: “Cenários e estratégias de aprendizagem integradoras: a complexidade e a transdisciplinaridade legitimando a diversidade e o “habitar humano”, tendo como autora, a professora, Maria Dolores Fortes Alves. A ideia central do texto aborda a experiência da docente/autora, enquanto pessoa com deficiência, e seu trajeto na academia, destacando as dificuldades que um ser humano com deficiência encontra, para alcançar um título acadêmico, para ter acesso à educação. Ademais, a obra é um recorte da tese de doutorado da autora, que tem respaldo teórico crucial os estudos de Bohm (2005), Freire (1985) e Morin (2000).
Nesse sentido, a elaboração da oficina, partiu primordialmente de uma leitura aguçada do texto, tentando compreender nas entrelinhas, a principal proposta da temática discutida. Feito isto, a oficina designou-se como: “Prática de aprendizagem integradora: um olhar inclusivo no círculo de diálogos”, debruçada na necessidade de abordar a relevância de práticas de aprendizagem integradora, e do quanto, esta prática norteada sob a ótica do círculo de diálogos proporciona uma inclusão que valorize e inclua o sujeito, tendo em vista suas singularidades. Partindo desses aspectos, os objetivos geral e específicos, apresentam as seguintes apresentações, de modo geral, a oficina pretendeu proporcionar o conhecimento das práticas de aprendizagens integradoras no cenário da educação inclusiva sob a ótica do círculo de diálogos, e de modo específico e delineado, objetivou conhecer o conceito de práticas integradoras, ressaltar as práticas inclusiva, explorar a complexidade e entender a importância do círculo do diálogo, por meio da prática, uma vez que, para Alves (2015), o diálogo favorece a construção de novas palavras, permite um olhar despretensioso, aberto a novas construções.