A leitura é mais do que uma decodificação de códigos escritos, viabiliza o desenvolvimento da imaginação e criatividade, à medida que o sujeito incorpora saberes culturais os exterioriza em conhecimento. Nessa perspectiva, o presente artigo tem o objetivo de instigar a prática de leitura na escola para formação de sujeitos leitores, e surge a partir do projeto de extensão “Educação Popular como Mobilização da Cultura de Emancipação Humana”, que tem como objetivo ampliar o acesso à cultura nas suas diversas manifestações, dentre as quais, o acesso à cultura literária. O Projeto ocorre na interação dos discentes de graduação, professora da Universidade Estadual da Paraíba/ UEPB, gestoras, alunos, professora e supervisora, numa escola pública do município de Soledade/PB. As atividades ocorrem mediante reuniões, leituras e intervenções, como a ação na escola intitulada “Giro Literário, saindo da caixinha”, desenvolvida numa turma do terceiro ano do Ensino Fundamental I, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Lúcia Matias de Oliveira. A partir de uma postura participativa, entendemos que as vivências culturais criam possibilidades de desenvolver o gosto pela leitura através da contação de histórias, poesia, música e dramatização, que concorrem para a criação, imaginação e reflexão que cria possibilidades culturais, dentre as quais está a formação de sujeitos leitores. O trabalho foi norteado pelos estudos de Cosson (2017), Freire (2011), Vigotski (2014), entre outros. Concluímos que, a realização da ação do projeto junto à escola contribuiu para que a prática de leitura favoreça a formação dos alunos, tornando-os sujeitos da palavra do mundo em seu uso social para além de um viés escolarizante.