Neste artigo, apresentamos resultados de uma pesquisa desenvolvida no âmbito do PIBIC/CNPq/2015, que tinha como um dos seus objetivos analisar como os surdos e sua educação foram tratados em um dos principais jornais de circulação de Campina Grande, Diário da Borborema, no período de 1971 a 1996, analisando-as à luz das concepções de surdez e suas implicações na educação das pessoas surdas. A pesquisa de cunho documental, utilizou como fonte principal o Jornal Diário da Borborema, um jornal diário escrito e impresso na cidade de Campina Grande/PB. A coletânea desses jornais se encontra na Biblioteca Atila de Almeida, uma biblioteca de obras raras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A escolha do período abarcado para essa investigação compreende a reforma do ensino de 1º e 2º graus, Lei nº 5692, de 11 de agosto de 1971, e a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Nos jornais analisados identificamos que a concepção clínico-terapêutica esteve presente nas reportagens, dando destaque ao uso dos termos “excepcional” e “surdo mudo”, e que a política nacional para a educação especial, estabelecida a partir da Lei nº 5692/1971 repercutiu tanto na Paraíba, quanto em Campina Grande, com a criação de órgãos normativos e de instituições filantrópicas, particulares e educacionais para o atendimento de alunos com deficiência. Por fim, visualizamos na década de 1990 notícias que veiculavam possibilidades de mudanças nas concepções de surdez e nos processos educacionais no município de Campina Grande/PB.