A proposta de educação inclusiva para a participação e aprendizagem dos alunos público alvo da educação especial no Brasil ainda é um paradigma educacional. Na investigação sobre como acontece a interlocução entre o professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e os professores de sala de aula comum, indaga-se: os docentes de sala de aula comum recebem do AEE orientações sobre a capacidade de aprendizagem de alunos com deficiência na escola regular? Assim, este estudo objetivou investigar as relações entre o professor de AEE e os professores de sala de aula comum no processo de interlocução em relação aos alunos com deficiência matriculados em uma escola regular municipal de Fortaleza-CE. Os objetivos específicos foram verificar a prática da professora de AEE no processo de interlocução com os professores regentes em uma escola pública de Fortaleza-CE e verificar os instrumentos que esta professora utiliza para desenvolver as interlocuções. A pesquisa possui abordagem qualitativa do tipo exploratório e estudo de caso (MINAYO, 2003). Utilizou-se de uma entrevista a professora do AEE. A literatura que fundamentou este estudo foi baseada em: Mantoan (2003), Mazzota (2005), Mendes (2004), Jannuzzi (2004) e Mittler (2003), entre outros. Conclui-se que há interlocução entre as professoras, porém depende do interesse destas para que ocorra. Viu-se ainda que se faz necessária uma sistematização quanto ao tempo de diálogo entre as profissionais, principalmente nos momentos de planejamento. Ainda assim, ressalta-se a relevância desta interlocução como ferramenta importante para o processo de inclusão escolar, orientando quanto as habilidades e limitações destes alunos.