O Cryptosporidium sp. é um importante coccídeo patógeno emergente de veiculação hídrica, pois os oocistos são resistentes por longos períodos no ambiente e às práticas convencionais utilizadas para o tratamento da água. A criptosporidiose está relacionada aos surtos epidêmicos de diarreias, sobretudo, em crianças menores de três anos de idade, adultos não-imunes e idosos. Neste contexto, pode-se mencionar os indivíduos portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) em que este parasita vem causando diarréia severa e prolongada, acompanhada por náuseas, vômitos, cólicas, perda de peso, podendo levar ao óbito. Este estudo teve como objetivo avaliar o uso da água de reservatórios em comunidades rurais na cidade de Alagoa Grande-PB e que servem como fonte hídrica para hospitais da região que tem pacientes acometidos com a AIDS. Dos 40 reservatórios analisados, 30 (75%) foram positivos quanto a presença de oocistos de Cryptosporidium sp e 10 (25%) não foram encontradas formas morfológicas do coccídeo. Em relação a entrevista com os proprietários dos reservatórios 25 (62%) relataram fazer uso da água tanto para banho como para práticas de atividade domésticas, 20 (50%) usam a água para beber e 18 (45%) usam água para preparar os alimentos. As práticas de manutenção e gerenciamento usadas pelos proprietários dos 40 reservatórios para prevenção de doenças, indicam que aproximadamente 4(10%) afirmaram desviar os primeiros milímetros de chuvas; 14(35%) responderam que fazem limpeza freqüente nos reservatórios; 8 (20%) usam telas para proteção e 7 (17%) dos reservatórios não apresentavam árvores em torno.