Uma das consequências mais graves do envelhecimento é a ocorrência de quedas em idosos, as quais estão frequentemente relacionadas ao uso de fármacos e a um prognóstico ruim, constituindo um problema de saúde pública. Com o objetivo de realizar um estudo sobre o uso de medicamentos e sua potencial associação a traumas de cunho ortopédico, como quedas e fraturas, em idosos brasileiros, é apresentada uma revisão bibliográfica realizada em um conjunto de base de dados eletrônicos: SciELO, LILACS, e revistas especializadas. Assim, obtiveram-se artigos com estudos transversais, série de casos, estudos de caso-controle, revisões bibliográficas e sistemáticas que abordam essa questão. A pesquisa concentrou-se em publicações direcionadas à queda em idosos e aos fatores intrínsecos relacionados a esse tipo de trauma, evidenciando o uso de medicamentos como fator de risco. Dentre as principais classes medicamentosas associadas estão os agentes anti-hipertensivos e psicotrópicos, bem como a polifarmácia. Tais fármacos, conforme aponta a literatura, podem provocar efeitos colaterais, como tontura, hipotensão postural e fadiga, propiciando a ocorrência de quedas e consequentes traumas. Portanto, ponderar os riscos e benefícios do uso de medicamentos em idosos é essencial no planejamento de ações individuais e coletivas voltadas à prevenção deste agravo e suas consequências.