A prática de treinamento resistido é de grande importância para atletas profissionais e recreacionais. Esses dois públicos, mesmo que empiricamente, sabem da importância do estímulo intrínseco para maximização da produção de força máxima. Por causa da ausência de dados científicos que comprovem a eficácia do grito individual para esse fim, esse estudo objetivou verificar a diferença entre a produção de força muscular em contrações máximas de esforço voluntário com e sem estímulo intrínseco (grito individual). Para isso, homens (n=10; idade=27,3±4,59) estudantes de educação física treinados tiveram sua força muscular mensurada com a técnica de dinamometria. A amostra foi dividida em dois grupos que realizaram duas tentativas. O grupo 1 (G1) não recebeu nenhuma orientação além da elementar para realização do teste, e o grupo 2 (G2) foi orientado a executar a primeira tentativa em absoluto silêncio e a segunda com aplicação do grito individual. Os dados foram avaliados pelo programa estatístico SPSS versão 21.0. Os dois grupos apresentaram aumento significativo nos níveis de força na segunda tentativa (T2>T1). G1 teve médias de força de 113,4 kg na tentativa 1 e 123,8 kg na tentativa 2 (p=0,03), enquanto o G2 apesentou médias de 135,2 kg na tentativa 1 e 159,8 kg na tentativa 2 (p=0,007). Conclui-se que a segunda tentativa é fator influente no resultado, mostrando que ambos grupos produziram níveis maiores de força na segunda tentativa (T2>T1). O estímulo intrínseco (grito individual) parece não exercer influência sobre a produção de força máxima durante a execução do teste de dinamometria.