Este estudo visa demonstrar a importância da adequação do espaço físico escolar às necessidades e especificidades da educação infantil, notadamente do universo das crianças que frequentam as creches e pré-escolas. Optou-se por essa temática devido às dificuldade que a equipe educativa enfrenta para a realização dos seus projetos. Apesar de todo esforço coletivo, o grupo sempre finaliza as diversas atividades projetadas com a certeza de que o resultado poderia ser mais positivo. O motivo maior dessa constatação atribui-se à falta de espaço: problemática mais acentuada da instituição investigada. Considerando as manifestações e expressões genuínas dessa tenra idade, cujas possibilidades de aprendizagem estão intrinsecamente condicionadas às brincadeiras, ao lúdico, aos folguedos, é necessário construir um lugar prazeroso, alegre e simples, compatível com o próprio modo de ser das crianças. A partir da premissa de que o contexto físico da creche se transforma em lugar socialmente construído através das relações que ali são travadas entre crianças e adultos, é imprescindível que este seja um lugar de brincadeira, liberdade, movimentos e encontros, onde haja possibilidades de diferenciar e diversificar a rotina da sala de aula e dos demais espaços pertinentes. É nesses espaços físicos, amplos, aprazíveis, com recursos apropriados para as mais variadas atividades recreativas, que as crianças expressam suas ideias e desenvolvem suas potencialidades, ou seja, elas aprendem sempre brincando. Nessa perspectiva, quando devidamente preparado, inclusive com professores comprometidos e capacitados, o espaço físico da creche contribui para que as crianças desenvolvam plenamente seus aspectos pessoal, cognitivo, físico, psicológico e social.