O presente artigo discute a Educação Inclusiva e o Ensino de Matemática por meio da utilização de materiais concretos no ensino da Geometria Espacial para alunos portadores de deficiência visual. Será apresentada uma diferenciação entre os conceitos de integração e inclusão e também de que forma os materiais didáticos desenvolvidos com materiais recicláveis podem auxiliar o professor em sala de aula. O trabalho mostra a importância da inclusão nos contextos educativos e de que forma os materiais manipuláveis podem auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual. Temos por objetivos: elaborar materiais didáticos para a inclusão de alunos com deficiência, aplicar esses objetos em sala para auxiliar o professor e o aluno, reconhecer as dificuldades encontradas na matemática inclusiva e superá-las. Elaboramos um material para o estudo de Geometria Espacial, com materiais recicláveis (papelão, tecidos de texturas diferentes, feltro, palito, massa de modelar, cola e papel) construímos quatro figuras espaciais: o cubo (hexaedro regular), a pirâmide de base pentagonal, o prisma de base hexagonal e o prisma de base triangular. Com a construção desses materiais visamos atender aos seguintes conteúdos: contagem, operações de adição, igualdade, elementos de um poliedro (vértices, arestas e faces), figuras planas, sólidos geométricos, relação de Euler, dentre outros. Em nossa pesquisa, buscamos os autores Mantoan, Glat e Fernandes, Conde, Caiado e Barbosa que já tinham uma vivência e experiência com deficientes visuais. Esperamos que com esses materiais o estudo se mantenha mais prazeroso e a sala de aula seja vista como um lugar onde todos tem direito a educação, apesar das diferenças. Incluir é mais uma tarefa para os docentes que procuram inovar suas aulas e o uso desses materiais poderá trazer a possibilidade de desenvolver habilidades e conceitos com a participação de todos.