Este artigo visa descortinar uma discussão acerca das teses e dissertações que trazem a baila a formação de professores de Matemática no Estado do Pará analisando esses cursos à luz da decolonialidade e suas interfaces com programas de iniciação a docência, a saber o PIBID, residência pedagógica, laboratórios de matemática, entre outros. Essa discussão se faz necessária para que possamos verificar como esse tema vem sendo discutido, dada as especificidades da região Norte onde precisamos de uma formação para além de discussões dicotômicas sobre conhecimento específico x conhecimento pedagógico, e não temos uma publicação do tipo Estado do conhecimento contemplando esses elementos. O artigo é do tipo Estado do Conhecimento, e os autores utilizados para as reflexões, discussões e análises foram: Morosini (2021), Kohls-Santos (2021) e Bittencourt (2021) acerca do Estado do Conhecimento; D’Ambrósio (2017) sobre a perspectiva da Educação matemática nesse contexto; Giraldo (2014) para uma perspectiva decolonial da formação de professores de matemática. A pesquisa foi realizada no banco de teses e dissertações da CAPES, e nos repositórios das instituições públicas do Estado do Pará que possuem o curso de licenciatura em Matemática. O artigo revela uma carência de discussões usando essa interface que coloca a formação de professor no centro dessa discussão, e toma como imprescindível a abordagem decolonial para permear qualquer fala acerca da região Norte, além de tentar mensurar a contribuição e impactos dos projetos de iniciação a docência nesse processo.