O presente estudo tem como objetivo investigar quais métodos avaliativos adotados por professores do ensino médio na cidade de Picos, Estado do Piauí, durante a pandemia do Covid-19, permanecem sendo utilizados no contexto educacional pós-pandêmico. Quando do anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o vírus da Sars-CoV-2 havia sido disseminado por todo o globo, os professores foram confrontados por desafios sem precedentes, dentre eles a missão de educar à distância, fato que os impeliu a adaptar seus métodos avaliativos à nova realidade. O emprego de métodos avaliativos eficazes é fundamental para a construção de um processo educativo efetivo e igualitário. A partir disso, questionamos: quais práticas avaliativas de professores durante a pandemia foram integradas ao período pós-pandêmico e que ficaram de legado para a sala de aula? Este trabalho foi desenvolvido a partir da análise descritiva de questionários aplicados aos professores lotados em 05 (cinco) escolas da rede pública estadual de ensino. Como parte do percurso metodológico, esses questionários foram submetidos a uma análise descritiva crítica. A fundamentação teórica das análises e discussões realizadas acerca dos resultados obtidos construiu-se a partir de autores como: Luckesi (2014), Hoffmann (2003), Senhoras (2020) e Krawczyk (2009). Em princípio, os resultados obtidos apontam a prevalência do exame escolar, prática que verifica de maneira estática a quantidade de conhecimento adquirida pelos estudantes a fim de classificá-los como aprovados ou reprovados, em detrimento de métodos avaliativos que detectem as causas dos erros cometidos pelos estudantes, servindo, assim, como guia para a realização de mudanças no projeto pedagógico dos professores. Além disso, as possiblidades de aprendizagem que poderiam ser utilizadas nos atuais dias, herdadas das orientações avaliativas do ensino remoto, não foram aproveitadas para o cotidiano no seio da escola pública.