Na atualidade as políticas de formação docente estão pautadas na Resolução Nº 2, de 20 de dezembro de 2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). A Resolução tem centralidade no desenvolvimento de competências associadas às práticas pedagógicas como premissas de uma formação de qualidade. Esta pesquisa tem como objetivo analisar os impactos da BNC-formação para a formação inicial de professores da educação básica. Na análise dos impactos é possível observar que, embora, os eixos que norteiam a formação inicial preguem um viés de atualização das políticas de formação visando atender algumas demandas históricas do campo da formação de professores, por meio de uma reorganização curricular dos cursos de licenciatura, predomina-se um direcionamento para um modelo padronizado, enfatizando o desenvolvimento de competências profissionais, o que pode caracterizar-se como um modelo técnico instrumental, devido à centralidade no saber fazer, sem enfatizar a reflexão nesse processo. Esse cenário vai ao encontro de políticas de formação de professores internacionais, já denunciadas por autores como Mészaros (2008) ao criticar o modelo educacional pautado na doutrinação dos princípios do neoliberalismo. Portanto, discutir e problematizar os impactos das diretrizes atuais de formação se torna imperativo para o momento, dado que a educação é uma prática social constitutiva e constituinte das relações sociais.