A passividade, espera de repasse de conteúdo do professor ao aluno em sala de aula, ausência de comportamentos de curiosidade, decorrente da prática do ensino tradicional, é uma realidade que dificulta o aprendizado, além de desestimular o pensamento crítico do estudante e desfavorecer a constituição da autonomia. A importância e preocupação de desenvolver o protagonismo do aluno ocorre não somente pelos benefícios gerados durante as aulas, como uma aprendizagem efetiva, mas também por seus interesses pessoais e formação de personalidade. Para provocar essa autonomia em seus alunos, o docente deve investir em metodologias ativas, além de outros fatores aplicados nas turmas e na relação professor-aluno. O objetivo deste trabalho é compreender a percepção dos Estudantes em anos iniciais do ensino médio sobre o protagonismo juvenil nas aulas de educação física. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de campo, realizada no período de março a maio de 2023, tendo como sujeitos da pesquisa os alunos matriculados no 1º ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Olívia Carneiro de Carvalho, localizada em Cidade de Deus, PE. Os alunos que atenderam aos critérios de participação na pesquisa foram os que participaram da intervenção pedagógica do Programa de Residência Pedagógica- UFPE e que voluntariamente desejaram participar da pesquisa. O levantamento dos dados foi efetuado por meio da aplicação de questionários e entrevistas semi estruturadas, para analisar a percepção dos estudantes sobre o protagonismo juvenil por meio de intervenções nas aulas de educação física. Tem-se como resultado prévio, a percepção da possibilidade de autonomia no processo de ensino e aprendizagem, a percepção de sujeito co-responsável pelo sucesso e/ou fracasso escolar, as diferentes consequências do protagonismo juvenil no ambiente escolar, como uma maior objetividade ao solucionar problemas, aprendizagem facilitada dos conteúdos expostos, além de maior participação e engajamento dos alunos durante as aulas.