A partir da institucionalização do Ensino Médio Integrado (EMI) por meio do decreto nº 5.154/2004, o Brasil vivenciou um aumento substancial de cursos técnicos ofertados nessa modalidade e por consequência no número de vagas. Olhando para esse cenário, uma questão recorrente é pensar como as práticas educativas vem sendo desenvolvidas nesse contexto, e ainda mais, como as disciplinas do núcleo comum – incluído a Física – vem materializando a abordagem dos seus conteúdos. Nos propomos aqui a realizar uma pesquisa bibliográfica, do tipo levantamento bibliográfico, a partir do catálogo de teses e dissertações da CAPES, no intuito de entender do que tratam os trabalhos produzidos na pós-graduação brasileira que têm a Física e o EMI como objeto de estudo. Utilizamos como descritores, os termos “Ensino Médio Integrado” e “Física”, “Ensino Médio Técnico” e “Física” e “Ensino Técnico” e “Física”, e procedemos a leitura dos resumos das obras no intuito de buscar esse entendimento. Os trabalhos retornados, indicam que as pesquisas estão majoritariamente concentradas nas áreas de educação e ensino, e tem suas ênfases distribuídas em: a) análise e validação de propostas didáticas da Física no EMI; b) discussão da Física a partir da concepção do EMI e proposições curriculares; c) formação de professores/as em cursos de Licenciatura em Física e para o EMI; d) discussão do EMI de forma ampliada - implantação e concepção. O baixo quantitativo de trabalhos revela uma escassez de pesquisas que lidem com a temática, posicionando o estudo da Física no EMI como um campo emergente de investigação. Dessa análise percebe-se também a importância dos mestrados profissionais, para a produção de conhecimento na área, o que além de incentivar o processo de qualificação docente, contribui com material didático de Física pensado para os cursos técnicos, o que ainda é restrito na literatura.