O presente artigo apresenta uma análise sobre o processo de alfabetização e letramento no contexto de pandemia e isolamento social, refletindo os caminhos que foram necessários (des) construir. Com o isolamento social e o fechamento das escolas, criou-se o chamado ensino remoto como alternativa de dar continuidade às aulas suspensas no período pandêmico. Com isso, um novo arsenal educacional se configurou, trazendo consigo muitos desafios. O objetivo deste estudo é compreender como se deu o processo de alfabetização e letramento, nesse novo formato de ensino remoto. Partimos das seguintes indagações: Foi possível alfabetizar as crianças durante a pandemia? Que caminhos e descaminhos o sistema remoto trouxe ao processo de alfabetização e letramento? Como metodologia, optou-se pela pesquisa qualitativa (MINAYO, 2001), com uso da pesquisa bibliográfica, baseado em estudos de autores como: Kleyman (2008), Freire (2017), Soares (2020) e Cosson (2021). Também realizamos um estudo de caso com uma turma dos anos iniciais, de uma escola pública, situada no município de Morada Nova, Ceará. Assim, viabilizamos um importante debate acerca dos principais desafios educacionais em tempos de pandemia, refletindo as lacunas deixadas pelo ensino no formato remoto e apontando o que foi possível ao legado educacional no tocante ao processo de alfabetização e letramento.