Nas últimas décadas, cada vez mais pessoas com deficiências estão ingressando no espaço escolar, dentre elas pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA). O Decreto n° 7.611, de 17 de Novembro de 2011, define que essas pessoas não podem ter negado o direito à educação. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n ° 13.146, 6 de Julho de 2015), por exemplo, garante a esse público o acesso à Tecnologia Assistiva visando o desenvolvimento da autonomia e consequente melhora no convívio social e qualidade de vida. A Tecnologia Assistiva e seus recursos vêm sendo utilizados como auxílio para o ensino-aprendizagem de alunos com deficiência (GALVÃO JÚNIOR, 2009). Todavia, para o uso dessa tecnologia como ferramenta que possibilita a inclusão, os professores de línguas estrangeiras precisam de formação e orientação coerentes para implementar tais recursos nas aulas. Portanto, o objetivo do presente artigo é sobre a formação do professor de línguas diante do TEA. Para tanto, abordaremos aspectos teóricos, em uma perspectiva qualitativa, referentes à formação do professor de línguas, autismo e uso de recursos e serviços da Tecnologia Assistiva para o ensino de línguas a essa comunidade. Para análise, tomamos como fundamento a abordagem qualitativa reflexiva. Este trabalho é fruto das pesquisas teóricas para a tese de doutorado, com as reflexões apontando que os cursos de formação de professores de línguas precisam tratar com mais profundidade estudos referentes ao autismo e à Tecnologia Assistiva.