O presente artigo tem o objetivo de investigar o livro didático e o lugar do aluno no ensino-aprendizagem de língua estrangeira no contexto da sala de aula do ensino superior, no intuito de questionar se as atividades inserem o discente no evento comunicativo de produção escrita. Para tanto, averiguamos se as atividades se limitam a levar os alunos a repetirem estruturas para exercitar a gramática. Assim, observamos o tratamento dado pelo livro didático à triangulação professor, aluno e sala de aula. Finalmente, defendemos a ideia, conforme Bakhtin (2003), de que é na sala de aula sociointeracionista que encontramos a possibilidade de romper com as formas de silenciamento e dar possibilidade ao surgimentodas várias vozes sociais. Assim, a partir dos resultados, a sala de aula passou a ser um ambiente de negociação de conhecimentos ao levarmos os sujeitos a terem razões para escrever.